CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA - CCNT
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Navegando CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA - CCNT por Autor "CUNHA, Juliana Paiva Rodrigues da"
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Item O Olhar da mulher ribeirinha sobre conservação florestal e restauração de clareiras oriundas do manejo florestal: o caso da reserva extrativista “Verde para Sempre”.(Universidade do Estado do Pará, 2023-06-23) CUNHA, Juliana Paiva Rodrigues da; SOUZA, Deivison Venicio; http://lattes.cnpq.br/9063094443073532; https://orcid.org/0000-0002-2975-0927; URBINATI, Claúdia Viana; http://lattes.cnpq.br/1953575032704696; https://orcid.org/0000-0001-5314-5279O artigo trata do olhar da mulher sobre a conservação e a restauração de clareiras em área de Manejo Florestal Comunitário na Reserva Extrativista “Verde para Sempre”. A pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética do CEP/CCBS/UEPA (CAAE n° 66784123.7.0000.5174) e registrada junto ao Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SisGen no AF88B46) e junto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio n° 86781-1). O Diagnóstico Rápido Participativo foi usado para coletar informações amostradas seguindo a metodologia “Bola de Neve” adaptada aos critérios de inclusão no projeto. Realizou-se um levantamento florístico preliminar sobre a regeneração natural em nove clareiras distribuídas em três Unidades de Trabalho. Os resultados indicam que a participação do gênero feminino em atividades do Manejo ainda é incipiente, porém, com grande potencial de atuação em diversas frentes, seja na gestão administrativa, seja na aplicação técnica do Plano de Manejo Florestal. Apesar do extraordinário potencial, a mulher ribeirinha que vive na RESEX “Verde para Sempre” ainda é fortemente reprimida pelo comportamento do homem que domina a gestão do manejo florestal e, na maioria das vezes, toma decisões e executa ações que encontram-se sob a responsabilidade feminina. Em termos econômicos, raras são àquelas beneficiadas por exercerem atividades no âmbito do manejo florestal comunitário desenvolvido na unidade de conservação. Naturalmente, a mulher ribeirinha se identifica melhor com ações que exigem menor esforço físico, como àquelas voltadas à restauração de clareiras após a colheita florestal. São necessários o reconhecimento e o fortalecimento da participação do gênero feminino em atividades do MFS. Portanto, estratégias e ações voltadas à formação e capacitação, bem como oficinas de autocuidado, devem ser refletidas e implementadas, como forma de alcançar maior engajamento da mulher ribeirinha nas atividades do manejo florestal.;This article deals with women’s perspective on the conservation and restoration of clearings in the Community Forest Management area in the “Verde para Sempre” Extractive Reserve. The study was authorized by the CEP/CCBS/UEPA Ethics Committee (CAAE no. 66784123.7.0000.5174) and registered with the National System for the Management of Genetic Heritage and Associated Traditional Knowledge (SisGen no. AF88B46) and with the Chico Mendes Institute of Biodiversity Conservation (ICMBio no. 86781-1). Rapid Participatory Diagnosis was used to collect sampled information following the “Snowball” methodology adapted to the inclusion criteria in the project. A preliminary floristic survey was conducted on natural regeneration in nine gaps distributed in three Work Units. The results indicate that female participation in Management activities is still incipient, however with great potential for action on several fronts, whether in administrative management or in the technical application of the Forest Management Plan. Despite the extraordinary potential, riverside women who live in the “Verde para Sempre” RESEX are still strongly repressed by the behavior of men who dominate the forest management, and most of the time make decisions and execute actions which are under the control of female responsibility. In economic terms, benefits from carrying out activities within the scope of community forest management developed in the conservation unit is rare. Naturally, riverside women better identify with actions that require less physical effort, such as those aimed at restoring clearings after forest harvesting. Recognition and strengthening of female participation in forest management activities are needed. Therefore, strategies and actions aimed at education and training, as well as self-care workshops, should be considered and implemented as a way to achieve greater engagement of riverside women in forest management activities.